terça-feira, 9 de outubro de 2012

Um final de terça-feira comum, por meus momentos atávicos resolvi sair pro além do nada e acabei topando com velhos amigos, tomei algumas cervejas e perambulei pelas ruas. Minha resistência que quase sempre passava do limite dessa vez havia estourado, e não podia ficar mais um segundo sequer perto das pessoas que convivo e suportar asneiras de meus pais com suas queridas bolas de cristais.

De lágrimas e angústias que se transformam em repulsividade, e se procedem em uma provocativa solidão.
Você se sente única onde ocorre uma (i)mobilização de seus afetos e emoções. E todos nós temos esses dias vazios, alguns necessitam mais de vazios de que amor, outros na maioria das vezes, precisam de mais calor humano pra se sentirem completas.  Sentei em vários cantos da cidade, na praça acabei me recordando de seu exuberante sorriso, no ponto de ônibus o vazio se apodera, pude notar a serenidade mórbida em cada ser humano e isso me tem feito tanta falta, sinto necessidade da solidão das pessoas, pra tudo e todos parece sim ser estranho, mas no fundo são nelas que você busca aquela qualidade rara.

Você cogita em relembrar que todas essas pessoas precisam de uma justificativa que as assegurem uma razão, pra ter que mostrar o melhor de si o tempo todo.


Não que seja uma espécie de repúdio constante, só precisava ficar só, sentia que precisava buscar desejos alucinantes e lunáticos. Não! Se uma vida saudável e duradoura for baseada em amor e prazer, talvez tenha entrado num precipício errado, meu corpo tem se transformado em cadáver a cada dia que passa e minha alma vai sendo consumida em um mundo vulgar e comum. Ainda sim, sentir falta de sentir, me tem feito sentir. Se não fosse por esse trama diabólico que se torna infeliz quase sempre, com prazer..

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